domingo, 15 de julho de 2007
'V III'
Suavemente, mansamente, docemente,
como se levantasse uma alma de criança,
como se segurasse um coração doente,
tomei-lhe o rosto para olhar seus olhos, mansa,
suavemente, docemente, tristemente...
E, fitando-a no olhar, eu lhe disse: " Descansa.
Eu saberei te amar como a uma amiga ausente
que passou e ficou apenas na lembrança.
Tu partirás e eu ficarei na noite calma,
só, com a minha tristeza e a dor de que me inundo
com amor, como quem chega a conhecer sua alma.
Que é na dor, como ao fundo de um espelho fundo,
aberto um dia ao nosso olhar como uma palma,
que a gente se conhece e acorda para o mundo."
Onestaldo de Pennafort
- Interior - In Poesia
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