A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 30 de julho de 2007

'SONETO DA INSÔNIA'



Um emergente vértice resiste.
Sua luz contagia a escuridão
onde os teus olhos se consumirão
reconstruindo o silêncio onde subsiste

a furna de que, um dia, tu partiste.
Com tua carga de fulguração,
viajas a treva, e uma conflagração
te arrasta ao mesmo cais aceso e triste.

Quando derivas, lusco e fusco, à borda,
diálogos cindem queda e evanescência,
o desfazer se esfaz em refazer.

No combate que incende a noite e a acorda,
não terás teu quinhão de morte e ausência
e és improvável como o amanhecer.


Abgar Renault

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