A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 30 de julho de 2007

'POEMAS'




combinara o encontro no limite deste século
onde nenhum homem dorme no limiar do dia
e o sonho se desfaz sob a nocturna incerteza

um raspar de veia reacende lumes
ilumina o turvo sangue os caminhos e a casa
onde pararam todos os relógios

quanto tempo para erguer a cabeça?
quem nos exterminará? no fim deste século
acordarão homens no outro lado da manhã?

que vestígios permanecerão desta reclusão?
e a morte existirá ainda
para além do ínfimo estremecer deste corpo?

é no silêncio
que melhor ludribio a morte
não
já não me prendo a nada
mantenho-me suspenso neste fim de século
reaprendo os dias para a eternidade
porque onde termina o corpo deve começar
outra coisa outro corpo

ouço o rumor do vento
vai
alma vai
até onde quiseres ir


Al Berto
em 'Poeta do Mundo II'

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