segunda-feira, 30 de julho de 2007
'LIBERTAÇÃO'
Não sofro porque não tenho
ilusões a quem servir;
sou como um dia de Outono
olhando no chão as folhas
que o vendaval fez cair.
Não sonho, que não é bom
enganos dentro da gente.
Já neste mundo aprendi
que o sonho, como o amor
vai matando lentamente.
Deixei pender os meus braços
como cruz feita em pedaços.
Nem a morte nem a vida
me abalam o coração.
Sou como rocha batida
pelo vento a toda a hora:
falo da vida, não freme,
penso na morte, não chora.
Maria Adelaide Motta D'Oliveira
Portugal
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2 comentários:
Adorei o espaço
MARAVILHOSO!!!
PROFUNDO DE UMA SENSIBILIDADE QUE NÃO TENHO PALAVRAS PARA DECIFRAR.
ABRAÇOS DO BRASIL!!!
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