A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quarta-feira, 25 de julho de 2007

MOMENTO DE ALUMBRA



Vingam torres de dor, rúcios martírios,
roxas ruínas de sangue de lírios,
alumbram na alma, adentro dos círios.

Os sonhos do mar são abismos
onde sézamos docilem
sob alga e algarismo;
fundas, fendas cruciais
e a memória de Jesus
que sudani, sudani
entre os gritos abissais

O manto alunta luzes,
a fímbria fana se fana
manhã, os santos reluzes
na fria prece que a tudo irmana

Na noite obscura
que se estiola
ungra a ampla da solidão
- O grito da terra pura:
suirmão, eh suirmão.


Yttérbio Homem de Siqueira
in Abismo Intacto

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