terça-feira, 24 de julho de 2007
RECOMPENSA
Olhos cansados, alma arrependida,
Mãos implorando entre uma queixa e um ai,
Dessa funda, recôndita ferida
Sinto que o sangue, gota a gota, cai.
Não sei o que vai ser da minha vida :
A árvore que plantei, aos poucos, vai
Dando aos mortais a sombra apetecida...
Mas nos seus frutos não toqueis ! Passai...
Semear...Plantar...Colher... A primavera
Ai vem... Os mesmos pássaros...Escuto
Como, na mocidade, os escutei...
Sei bem qual a colheita que me espera :
Sabor amargo do primeiro fruto
Da árvore amaldiçoada que plantei.
Olegário Marianno
Poemas de amor e de saudade
1.932.
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