terça-feira, 17 de julho de 2007
DO SONHO E DO SOFRIMENTO
Porque há de ser o sonho tão breve,
Durar tão pouco, meu amor?
O sonho tem o efêmero sabor
Da frase que se pensa e não se escreve.
Passa, mas deixa como um cofre
Antigo, de metal lavrado,
Um pouco do perfume do Passado
E um resto de infortúnio de quem sofre.
Passa, mas sempre fica a flama
De uma saudade benfazeja:
Perfume do pescoço que se beija,
Sombra do corpo da mulher que se ama.
Depois, no fundo da alma doida,
É que sentimos para nós crescer
Essa imensa vontade de morrer
e esse indiferentismo pela vida...
Olegário Marianno
Poemas de amor e de saudade
1.932
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