segunda-feira, 9 de julho de 2007
RECEIO
Este medo de amar, este receio
que eu dissimulo, ąs vezes, num sorriso,
talvez lembre uma dor que cicatrizo
e procuro esconder do olhar alheio.
Eu creio ainda no amor, mas também creio
que para a gente amar será preciso
ter na alma o inferno enquanto o Paraíso
faz-se a ilusão do nosso eterno anseio.
No principio, é o amor-felicidade,
depois - o rompimento, a dor, saudade,
o desgosto infinito de viver...
Tudo porque se desejou que a vida
fosse a felicidade prometida
no efêmero momento do prazer...
Othon Costa
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