A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 15 de julho de 2007

ÁGUA CORRENTE



Água corrente! Água de um rio quieto
Cortando a alma ignorada do sertão!
Levas à tona, aspecto por aspecto,
Os aspectos da vida em refração.

Água que passa... Sonho predileto
Do lavrador que lavra o duro chão.
Trazes-me sempre a evocação de um teto...
Água! Sangue da terra! Religião...

Há na tua bondade humana e leal,
Quando a roda maior moves do Engenho,
Qualquer bafejo sobrenatural...

Ouvindo, ao longe, o teu magoado som,
Água corrente! eu me enterneço e tenho
Uma imensa vontade de ser bom...


Olegário Mariano

2 comentários:

Anônimo disse...

este poema tão lindo e suave, me reporta a minha adolescência, quanta saudades

Anônimo disse...

Eu declamava esse poema na escola
Hoje me lembrei dele, trabalhando a questão ecológica com meus alunos de história.
Não tive dúvida, vim buscá-lo e o encontrei depois de mais de 30 anos.
Isso graças a você.
Muito obrigado.