sábado, 7 de julho de 2007
'XV'
Sob o consentimento das estrelas,
nós dois, repletos do silêncio antigo
que os que vivem a amar trazem consigo,
nos amaremos ternamente,pelas
noites de calma e de luar profundo
em que as almas, dos olhos que se abordam,
em gotas de água trêmula transbordam,
como a água que enche o olhar do lago fundo...
E se um dia sentirmos que se finda
o amor, mais triste do que a morte, ainda
tentaremos uma última ternura
para que o nosso amor morra a viver,
como uma nota de órgão que pendura,
como as chamas sonâmbulas que acordam
e ardem mais alto, no ar, para morrer...
Onestaldo de Pennafort
- Interior - In Poesia
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