terça-feira, 17 de julho de 2007
A TOADA DA CHUVA
Chove incessantemente... Uma garoa
Fina e sutil parece não ter fim.
No ar pardacento uma andorinha voa...
E a chuva bate como um tamborim.
Para os seres sem alma a vida é boa,
Para mim que sou triste a vida é ruim,
Pois me falta o calor de uma pessoa
Que é a própria vida boa para mim.
E a chuva continua à toa, à toa...
Chuva, por que vives caindo assim?
Será que uma outra força te mágoa?
Por que teu choro d'água não tem fim?
Se eu tivesse o calor de uma pessoa,
Seria a vida um sonho para mim.
Olegário Mariano
In: Quando vem Baixando o Crepúsculo
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