terça-feira, 17 de julho de 2007
ESQUECER
Na taça de cristal dos meus sentidos,
sorvo o maduro vinho da saudade,
enquanto um rigoroso inverno invade
as lacunas de amores não vividos.
No epicentro das dores que colhi,
longe do beijo ardente que eletriza,
distante da lascívia que eterniza,
a solidão confirma o que perdi.
O tempo do sofrer são horas cruas,
apresenta-se duro, carrascal,
diante da vida azul que não provei.
O acervo de ilusões atiro às ruas
- olvido sem limite a tanto mal!
– desejando esquecer o que sonhei!
Antônio Kleber
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