segunda-feira, 9 de julho de 2007
A PARTIDA
Tenho-a presente, como agora, aquela
dura noite da triste despedida;
a aragem levemente arrefecida
do barco enfuna a desfraldada vela.
Distante, como em fundo de aquarela,
some-se a mansa vila adormecida,
e a branda luz dos astros refletida
no rio as águas límpidas estrela.
Cena viva que a mente me descreve,
dos amigos em grupos pelo cais
vozes perpassam num sussurro leve;
trocam-se as doces expressões finais...
E, enquanto os lábios dizem - até breve!
Os corações murmuram - nunca mais!
Silva Ramos
(1853/ 1930 )
José Júlio da Silva Ramos,
Recife, Estado de Pernambuco.
dura noite da triste despedida;
a aragem levemente arrefecida
do barco enfuna a desfraldada vela.
Distante, como em fundo de aquarela,
some-se a mansa vila adormecida,
e a branda luz dos astros refletida
no rio as águas límpidas estrela.
Cena viva que a mente me descreve,
dos amigos em grupos pelo cais
vozes perpassam num sussurro leve;
trocam-se as doces expressões finais...
E, enquanto os lábios dizem - até breve!
Os corações murmuram - nunca mais!
Silva Ramos
(1853/ 1930 )
José Júlio da Silva Ramos,
Recife, Estado de Pernambuco.
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Um comentário:
Muito camoniana...
Já pouco se usa
mas é um poetar eterno!
Bjsss
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