domingo, 15 de julho de 2007
'O SOL DAS ALMAS'
À última luz que doura as tardes calmas,
À última luz de amor que beija o poente,
Se dá, no meu país, poéticamente,
A denominação de "Sol das Almas"!
Na montanha, a palmeira, de repente,
Brilha! O mistério lhe incandesce as palmas!
Para outro mundo leva o pó das almas
A luminosidade comovente!
Vai morrer e ainda fulgi! Ainda! Ainda!
Como um sorriso, finda a claridade,
Como um soluço, a claridade finda!
Adeus! Adeus! É o fim da Mocidade!
Nunca mais! Nunca mais! E era tão linda!
Qual é teu nome, Luz do Azul? — Saudade.
Martins Fontes
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