segunda-feira, 9 de julho de 2007
ESQUECIMENTO
Para quem pelo amor se martiriza
e perde pelo amor o último alento,
dizem que o bem melhor é o esquecimento
que, se não cura o mal, o mal suaviza.
Como esquecer se há um fixo pensamento
que à mulher que se amou nos escraviza?
Ela está presa a nós pelo tormento,
em tudo, até no chão que a gente pisa.
Como esquecer alguém que está presente
na nuvem que o crepúsculo escurece,
numa folha que tomba na corrente?
Como fugir à dor de ouvi-la e vê-la?
Maldito esquecimento que se esquece
que é mais fácil morrer do que esquecê-la.
Olegário Mariano Carneiro da Cunha
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