A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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terça-feira, 17 de julho de 2007

À ENTRADA DO INVERNO



As cigarras, que andavam alegrando
a minha grande solidão aqui,
fugiram tontas, como folhas, quando
viram que eu ia perguntar por ti.

E o mar, esse estendal de águas imenso
que vai e vem a marulhar - o mar
levou bem longe o seu clamor suspenso,
quando os lábios abri para falar.

Também o sol, esse operário antigo
que lança bênçãos pela sua luz,
negou-me o seu calor lúcido e amigo,
mal o teu nome a murmurar me pus.

Só a saudade, a tua irmã, chorando
ao ver a minha solidão,
me abriu os braços amorosos, quando
sentiu que ia perguntar por ti.


Onestaldo de Pennafort
- In Poesia

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