quarta-feira, 4 de julho de 2007
'PARA A VERTIGEM!'
Alma, em teu delirante desalinho,
Crês que te moves espontaneamente,
Quando és na Vida um simples redemoinho,
Formado dos encontros da torrente!
Moves-te porque ficas no caminho
Por onde as cousas passam, diariamente.
Não é o Moinho que anda: é a água corrente
Que faz, passando, circular o Moinho...
Por isso, deves sempre conservar-te
Nas confluências do Mundo errante e vário,
Entre forças que vêm de toda parte.
Do contrário, serás, no isolamento,
A espiral, cujo giro imaginário
É apenas a Ilusão do Movimento!...
Raul de Leoni
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