domingo, 15 de julho de 2007
"CORAÇÃO"
Lembrança, quanta lembrança
Dos tempos que já lá vão!
Minha vida de criança,
Minha bolha de sabão!
Infância, que sorte cega,
Que ventania cruel,
Que enxurrada te carrega,
Meu barquinho de papel?
Como vais, como te apartas,
E que sozinho que estou!
Ó meu castelo de cartas,
Quem foi que te derrubou?
Tudo muda, tudo passa
Neste mundo de ilusão;
Vai para o céu a fumaça,
Fica na terra o carvão.
Mas sempre, sem que te iludas,
Cantando num mesmo tom,
Só tu, coração, não mudas,
Porque és puro e porque és bom!
Guilherme de Almeida
- A Primeira Mágoa - In Toda Poesia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Há muitos anos que tento reconstruir este poema dentro de mim, para sentir a sua poesia.
Muito obrigada por esse retorno, foi impar a sensação vivida.
Essa era uma poesia da minha infancia, que saudade...estava na última página da cartilha em que eu aprendi a ler...
Obrigada, por este momento mágico e Deus te abençoe!
Essa foi a primeira poesia que li quando criança e ficou na minha mente só um pedacinho "tudo muda tudo passa neste mundo de ilusão,vai pro céu a fumaça, fica na terra o carvão".
que beleza encontra-la ,
obrigada,
Maria da Conceição V. Gioia
Que maravilha...reencontrar esse poema da minha infância que me marcou a ponto de querer também fazer poesia.
Que maravilha...reencontrar esse poema da minha infância que me marcou a ponto de querer também fazer poesia.
Que maravilha...reencontrar esse poema da minha infância que me marcou a ponto de querer também fazer poesia.
Postar um comentário