segunda-feira, 9 de julho de 2007
'CINCO NOTURNOS'
O momento do adeus virá sozinho
abrirá sobre mim asas e braços,
sentirei que me tocam de mansinho
como que brandos véus de brandos laços.
Quando enfim compreender que me avizinho
de um mundo que se perde nos espaços,
um só olhar terei para o caminho
que atrás deixei com a marca dos meus passos.
A que me foi sinal aberto e estrela,
luz da secreta noite em que respiro,
ah, se eu pudesse junto a mim sabê-la!
Que a hora de morrer será fagueira
desde que vá meu último suspiro
a quem foi meu cuidado a vida inteira.
Ribeiro Couto
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