A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

Seja bem-vindo. Hoje é
Deixe seu comentário, será muito bem-vindo, os poetas agradecem.

sábado, 7 de julho de 2007

'AO CAIR DA TARDE'



Agora nada mais. Tudo silêncio. Tudo,
esses claros jardins com flores de giesta,
esse parque real, esse palácio em festa,
dormindo à sombra de um silêncio surdo e fluido...

Nem rosas, nem luar, nem damas... Não me iludo.
A mocidade aí vem, que ruge e que protesta,
invasora brutal. E a nós que mais nos resta,
senão ceder-lhe a espada e o manto de veludo?

Sim, que nos resta mais? Já não fulge e não arde
o sol! E no covil negro deste abandono,
eu sinto o coração tremer como um covarde!

Para que mais viver, folhas tristes do outono?
Cerra-me os olhos, pois, Senhor. É muito tarde.
São horas de dormir o derradeiro sono.

Emiliano Perneta

Nenhum comentário: