domingo, 22 de fevereiro de 2009
Saudade Marinha
E entre nós, era o mar. O mar perdido,
Longínquo, soluçante, ilimitado
E azul, como a canção de ser amado
E longo como o olhar em ti vertido.
Das nuvens o navio desmedido
Aumentava a distância e o som magoado
Do mar adivinhado era o gemido
Que em teu longo silêncio havias dado.
Ó mar sem termo, cessa tuas ondas
E o distante horizonte e esta amargura
E este verde soluço de ansiedade,
Até que sua música responda
E eu reconheça a voz amiga e pura
Vencendo a maré alta da saudade.
Bandeira Tribuzi
(1927-1977)
Maranhão
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