sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
CANTIGA DO ECO
Deixei o rasto no silêncio
jamais vi de que lado cresço;
mas ando em bocas sem silêncio,
onde esqueci o meu começo;
risco metáforas com a bota
do Vento. Aonde vou, componho
a fisionomia remota
achada no Reino do Sonho;
ir ou ficar! – me quebro em mim
entre as curvas do movimento
e, ao olhar-me, descubro em mim
mãos vazias, dedos de vento.
Colombo de Sousa
In: Estágio 1964
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2 comentários:
Continuo a ficar extasiado com os poemas que aqui coloca!
O seu fabuloso blog é uma arca cheia de tesouros que vou descobrindo! Muito obrigado, por partilhar todo o seu requintado gosto e saber literário.
...já agora, as fotos são suas?
Cumprimentos e parabéns
Colombo, poeta que aos poucos conheço, é para mim cada vez melhor. Tuas escolhas são mesmo requintadas de cultura.
beijo
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