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Acumulei tesouro de esperança
No tímido segredo de minh'alma.
Tudo, porém, fugiu,
Irreparavelmente,
Por alguma recôndita ferida
Que o desencanto abriu,
Como a serragem se escoa
Duma boneca de pano...
Tentei prender a ventura
Nestas tristes mãos vazias,
Como o sedento que enche
As mãos crestadas e ardentes
Da linfa clara da fonte.
Mas, os dedos não puderam
Reter essa água corrente.
Helena Kolody
2 comentários:
Olá.
Um poema muito bonito, uma escolha de bom gosto, aliâs condizente com todo o requinte deste seu espaço. As fotos são suas?
Parabéns e até uma próxima visita.
Ainda estou por aqui...
Bj!
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