A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

"SONETO DA INSÔNIA"




Na emanação da noite o leve peso
das sombras ancestrais. Vozes tardias
em vago marulhar, talvez desprezo
às turvas ambições, seiva dos dias.

E sobre o ser profundo, vivo-aceso,
o lume das vigílias. (Nas sombrias
urnas do tempo há de ficar defeso
o enigma das mortais mitologias

imunes à esperança.) Agora é essa
onipresença onírica, ou apenas
a ácida indiferença à vã promessa:

em seu ambíguo reino indefinido
a consciência noturna sofre as penas
da vida, o rude esforço sem sentido.


Waldemar Lopes

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