segunda-feira, 6 de agosto de 2007
"POESIA"
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos,
E podemos cantar, é porque estamos,
Nus em sangue, embalando a própria dor,
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos,
E a alma possuirá esse esplendor,
Prometido nas formas que perdemos.
Sofia de Mello Bryner Andresen
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