A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

"SONETO DA CONTEMPLAÇÃO"





Claro espasmo de ritmos e de cores.
Branco esplendor da força, desatada
nos cânticos, nos prantos, nos clamores
da imensa arquitetura instável. Cada

síntese dos abismos são rumores
de líquido tropel. Desordenada,
a memória das águas: estertores
escachoantes na terra violentada.

A consciência do ser tímida e atônita
no pânico suicida, pobre presa
de íntima pequenez, mágoa recôndita.

De súbito, a emoção do êxtase alado:
paira pairando, a límpida beleza
do vôo azul de um pássaro calado.


Waldemar Lopes

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