A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

Seja bem-vindo. Hoje é
Deixe seu comentário, será muito bem-vindo, os poetas agradecem.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

"SONETO DA CASA MORTA"




Rubra, a data sangrando no vazio
da casa morta, sonho prisioneiro,
e eco do tempo longe o vozerio
das cirandas em flor, quando o primeiro

sangue do luar cavava o seu macio
poço. (Depois, o triste companheiro
das sombras ia amar a noite e o rio,
e a leve brisa abria no canteiro

papoulas encarnadas.) As perdidas
bandeiras reflorindo naus de ausência
nessas rotas de cinza consumidas.

Na casa morta, vozes não ouvidas:
luz do silêncio, música da essência
de coisas mais sonhadas que vividas.


Waldemar Lopes

2 comentários:

Luis disse...

olá


onde fica esta casa ?

obrigado.

Maria Madalena Schuck disse...

Olá Luis!
Bela fotografia, não?
Não sei lhe dizer onde fica, encontrei na net sem autoria, mas se alguém souber, certamente irá nos dizer.
Obrigada por sua presença.