segunda-feira, 25 de junho de 2007
POEMA I
"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados!" Luc. 6,20-49
Nos campos arados existem sinais,
Promessas de farta colheita.
Vamos alimentar aqueles que têm fome,
Fome de tudo...
Pobre do que tem fome,
Sente e chora,
Mendiga migalhas para encher o estômago
Necessita do alimento para a vida,
Vida que merece ser vivida
Ou apenas ser levada no dia-a-dia...
Parece que algo rói por dentro,
Sente-se um barulho estranho
Causando-nos as mais variadas sensações,
Apetite, urgência de alimento...
O vento sopra nos trigais,
As nuvens se movem ameaçando chuva
E até mesmo vendavais...
Então a chuva cai,
Molha tudo,
Inunda vales e planícies
E meu rosto apenas umedece,
Misturando-se com as lágrimas dos olhos,
A gente sente chuva até na própria alma...
Depois vem a bonança,
Paz com todos os seus sinônimos,
Tranqüilidade, sossego,serenidade,
Concórdia e harmonia,
Surge o sol espargindo luz e calor,
Os espantalhos caem por terra
E os campos arados produzem sinais
De algo que brota da terra fecunda...
Não existe mais fome
E só sabe o que é fome,
Fome de qualquer coisa,
Quem já a sentiu na própria carne
E até mesmo na própria alma
Fome material e espiritual,
Simplesmente fome...
Vontade imensa de comer para não morrer...
Olympiades Guimarães Corrêa
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