A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 1 de março de 2009

VESPERAL



Hora de benção, de perdão, de prece ...
E que, no entanto, é das que mais afligem ...
Entardecer ... O azul empalidece
como um rosto na agônica vertigem ...

Em breve a noite vai colher a messe
das estrelas ... E da cerúlea origem
a alma do vago sobre as almas desce
e as saudades para elas se dirigem ...

Morreu da luz o fulgurante império ...
O poente, como as ilusões perdidas,
os nossos sonhos vãos, se fez cinéreo ...

E sobre tantas ruínas, quando é noite,
virão chorar, nas horas esquecidas,
as cristalinas lágrimas da noite ...


José Lannes
in Candeia – l.948.

Um comentário:

Sonia Schmorantz disse...

Sempre poemas de encanto ímpar...
Beijo e uma boa semana para ti