A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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terça-feira, 3 de março de 2009

sonhos perdidos



razão trôpega, o olhar busca no ignoto
prisma de decompostas transparências
sonhos que estão vivendo transcendências
no retrocesso do ideal remoto.


um ou outro esgotado em resistências
no escalar da memória em terremoto
logra chegar sem voz entre incoerências
capturadas na ascese do meu voto.


sonhos hoje longínquos . . . soçobrados
no mar que banha o lírico penedo
de lembranças sem garras sobre o limo . . .


perscruto por encalços incrustados
nas escarpas mentais de olvido e medo
sem ver ressurreições no eterno cimo !


Paulo Fénder
In: Bengala Branca
(1912/1981)Pará-BR

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