A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 1 de março de 2009

'SIMBOLISMO DA CISTERNA'




Só, na adusta amplidão de um deserto maldito,
ao cáustico do sol, redonda brasa eterna,
voltada para o azul, num anseio infinito
de água, como a implorá-la, ei-la a pobre cisterna.

Em vão! O azul é surdo e a dor incompreendida!
Nesse árido deserto é intérmino o verão!
- Alma, assim tu também, pelo Saara da vida,
cisterna do ideal, ansiará sempre em vão!


José Lannes
in Candeia – l.948.

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