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Só, na adusta amplidão de um deserto maldito,
ao cáustico do sol, redonda brasa eterna,
voltada para o azul, num anseio infinito
de água, como a implorá-la, ei-la a pobre cisterna.
Em vão! O azul é surdo e a dor incompreendida!
Nesse árido deserto é intérmino o verão!
- Alma, assim tu também, pelo Saara da vida,
cisterna do ideal, ansiará sempre em vão!
José Lannes
in Candeia – l.948.
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