quinta-feira, 5 de março de 2009
Um Navio
"Quanta paz em baixo, na raiz do mundo...?"
(Virgínia Woolf)
A solidão é um navio.
Só o que me move é a pá da solidão,
o leme.
Se não gozo,
suspiro
cristas suspensas
pedras de sal
fiapos de mar –
a maior boca
a mais
voraz.
Mas no seu fundo longínquo
âncora
os leitos de areia e seus lençóis limpíssimos
os peixes cegos
a paz.
Angela Melim
(1.952-Porto Alegre-RS)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Lindo poema, maravilha.
Postar um comentário