A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 1 de março de 2009

AO CAIR DA FOLHAS



... E vão caindo as folhas, uma a uma,
do arvoredo tristonho e sonolento;
apenas uma rosa ainda perfuma,
ao desfolhar-se, as frias mãos do vento.

Num telhado vizinho o vôo apruma
um bando andorinhas ... No ar cinzento,
arrasta o seu bordão pesado a bruma
bocejando de tédio e desalento ...

Contemplo o fundo triste da paisagem
e reconheço a minha própria imagem
no arvoredo sem folhas e sem ninhos.

E sinto no meu ser, além dos anos,
as feridas de todos os enganos
e o cansaço de todos os caminhos ...


Yde Schlönbach Blumenschein
(Colombina)
in Lampião de Gás

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