domingo, 1 de março de 2009
AO CAIR DA FOLHAS
... E vão caindo as folhas, uma a uma,
do arvoredo tristonho e sonolento;
apenas uma rosa ainda perfuma,
ao desfolhar-se, as frias mãos do vento.
Num telhado vizinho o vôo apruma
um bando andorinhas ... No ar cinzento,
arrasta o seu bordão pesado a bruma
bocejando de tédio e desalento ...
Contemplo o fundo triste da paisagem
e reconheço a minha própria imagem
no arvoredo sem folhas e sem ninhos.
E sinto no meu ser, além dos anos,
as feridas de todos os enganos
e o cansaço de todos os caminhos ...
Yde Schlönbach Blumenschein
(Colombina)
in Lampião de Gás
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