terça-feira, 24 de março de 2009
O Eu
Abismo em que me perco todo dia
Sempre à procura de meu ser disperso,
Reflexo do que passa pelo céu
Ou espelho exposto a todas as figuras.
Um centro vivo ou então periferia
Às vezes emergindo outras imerso
No que é dos outros ou no que é meu,
Dando sentido e nome às criaturas.
Barco perdido em meio à correnteza
Ou bússola marcando os horizontes,
Um sair e volver eternamente,
Novelo intumescido de incerteza
As chãs planícies e elevados montes,
Virtualidades todas da semente.
Miguel Reale
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário