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Sol posto… Hora de magoa e de saudade.
Aza negra a encobrir da terra a fronte.
Na penumbra que desce ao mar e ao monte,
Ha presságios de ignota adversidade!
Escuro e lento, o fumo da cidade,
por sobre a faixa rubra do horizonte,
como estendendo lutuosa ponte
Cruza de norte a sul a imensidade…
Tudo na sombra se confunde e irmana!...
Assim no mundo acaba a vida humana
do humano desconcerto entre os baldões…
Assim ao cabo a treva tudo enlaça,
e como fumo efêmero que passa
vão passando no Tempo as gerações…
Branca de Gonta Colaço
(Hora da sesta)
(1.880-1.945)
Portugal
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