A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sic transit…



Sol posto… Hora de magoa e de saudade.
Aza negra a encobrir da terra a fronte.
Na penumbra que desce ao mar e ao monte,
Ha presságios de ignota adversidade!

Escuro e lento, o fumo da cidade,
por sobre a faixa rubra do horizonte,
como estendendo lutuosa ponte
Cruza de norte a sul a imensidade…

Tudo na sombra se confunde e irmana!...
Assim no mundo acaba a vida humana
do humano desconcerto entre os baldões…

Assim ao cabo a treva tudo enlaça,
e como fumo efêmero que passa
vão passando no Tempo as gerações…

Branca de Gonta Colaço
(Hora da sesta)
(1.880-1.945)
Portugal

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