quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Depois de ler a Ode I de Horácio
Nem tudo, sábio Horácio, o que aspiravas
E a Mecenas pedias, é o que aspiro.
A mim basta-me um plácido retiro,
Entre árvores, ao pé da água corrente,
Ouvindo a voz das musas que invocavas.
Com isso apenas viverei contente.
Longe da turba inquieta que aborreço,
Nem teria ambições, nem cuidaria
De haver glórias da terra. Na poesia
É o grande prêmio dela o vago sonho,
Com que eu, vivendo embora, a vida esqueço
E num mundo melhor viver suponho.
Tão alto não irei no imenso espaço
Que toque os astros como tu, amigo.
Mas sei que astros e céus tenho comigo
Enquanto com estes sonhos bons me iludo;
E como as aves cantam, versos faço.
Isso - que vale o mais? - vale-me tudo.
Mário de Alencar
in:Versos, 1909
(1872-1925)
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Lindos os seu poemas!
Vento da paixão
Vento da paixão
leva daqui desilusão
me traga amor!
por favor vento
me livre da dor
de não poder mais amar
beijar...caminhar de mãos dadas
me tire da solidão
Autor: (Sandra Love)
Foi retirado pelo site:
http://www.ziipi.com/result?pesquisa=poesia+de+amor
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