quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
PAISAGEM PARA O SONÂMBULO
VI
Ando por onde andou meu pensamento,
sigo-o em mim mesmo e além de mim me alongo;
o pensamento se reinventa e lento
salta as muralhas das pupilas longas.
Um dedo branco, um dedo sonolento,
desenha ovelhas cada vez mais brancas.
-Quem fecha os olhos do silêncio? (É o vento ?)
Quem abre rosas nos jardins em branco?
Há um anjo de marfim no esquecimento,
tem gestos de luar, mãos cor de rosa;
nasceu para ser a rosa vermelha,
daí guardar o mistério das rosas.
Ando por onde andou meu pensamento,
ainda a contar e a recontar ovelhas.
Colombo de Sousa
in Estágio
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Um comentário:
O orvalho cobre
as flores da manhã,
gotículas frescas
e o alvorecer
da rosa de porcelana,
quando o júbilo
se inventa
numa única palavra dita
e o aroma nos liberta.
(Paula Raposo)
Lindíssimo poema
Tenha uma sexta feira linda com muito amor...
Abraços
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