A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

À Tarde



Talvez por seres, para mim, a imagem
da quietude fatal, vem, sê bem-vinda.
Ó Tarde! E - quando te corteja a aragem
e os cirros estivais e quando, ainda,

trazes do ar nebuloso trevas que agem
sobre o mundo, ao tremor de luz que finda,
e me acolhes, na mais secreta viagem
da alma - eu te sinto, assim tão suave e linda.

Conduzes minha mente, numa prece,
ao eterno vazio; e o tempo ruim
foge e leva consigo e faz que cesse

a ânsia que me envolvia. A paz, enfim!
E, enquanto a paz me deixas, adormece
o espírito feroz que há dentro em mim.


Ugo Foscolo
Tradução de Delson Tarlé.
(1778-1827)

2 comentários:

Fernando Campanella disse...

Lindo poema de Hugo Foscolo, Mada. Eu precisava lê-lo hoje, pura sintonia. Bjos.

Úrsula Avner disse...

Lindo poema ! É sempre uma delícia repousar neste cantinho. Bj.