quarta-feira, 12 de agosto de 2009
À Tarde
Talvez por seres, para mim, a imagem
da quietude fatal, vem, sê bem-vinda.
Ó Tarde! E - quando te corteja a aragem
e os cirros estivais e quando, ainda,
trazes do ar nebuloso trevas que agem
sobre o mundo, ao tremor de luz que finda,
e me acolhes, na mais secreta viagem
da alma - eu te sinto, assim tão suave e linda.
Conduzes minha mente, numa prece,
ao eterno vazio; e o tempo ruim
foge e leva consigo e faz que cesse
a ânsia que me envolvia. A paz, enfim!
E, enquanto a paz me deixas, adormece
o espírito feroz que há dentro em mim.
Ugo Foscolo
Tradução de Delson Tarlé.
(1778-1827)
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2 comentários:
Lindo poema de Hugo Foscolo, Mada. Eu precisava lê-lo hoje, pura sintonia. Bjos.
Lindo poema ! É sempre uma delícia repousar neste cantinho. Bj.
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