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Os jacintos se entreolham
calados. Só o perfume
os une, alheados.
Sem dar nem receber
a mão vazia à outra se uniria.
Por que são os jacintos
o que seríamos?
Prediletos do ser.
Nem mesmo cuidaríamos
do passo que nos leva
sob a Ursa Maior
sob a Ursa Menor.
De olhos fechados despertaríamos
da confusa tristeza de
sermos dois e isolados
flutuando na alma do mundo
como peixes assustados.
Complexa é a vida
ao descer cada vez mais
até à charogne desintegrada
de uma superpopulação
de miasmas.
Quero uma só alma
é o bastante
para quem vive um breve instante.
Quando a plenitude do
UNO?
Simples inefável resumo.
Dora Ferreira da Silva
(Brasil)
Um comentário:
Lindíssimo este poema!
Boa semana!
beijo
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