A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 9 de agosto de 2009

AUTO-RETRATO



Foi sempre a distância mestra severa;
e o refúgio, nas árvores.
O Amor nas frondes, o abrigo no vento,
lentos remos sulcando espaços:
sua água, seu chão.
A modo de pássaro precário
sobreviveu à noite.
Partindo, completou-se.


Dora Ferreira da Silva
in Poesia Reunida
(São Paulo -1918-2006)

2 comentários:

AFRICA EM POESIA disse...

LINDO...

PASSEI E DEIXO...



CRUZAR

Cruzar letras...
Formar palavras...
E deixar no ar...
Dúvidas e certezas....
As letras têm...
Essa magia...
Basta que nós...
Sintamos a vontade...
De escrever ,de cruzar...
De formar palavras...
De partilhar tristezas e alegrias...
Só assim...olhámos e sentimos ...
Que muitas vezes...
Mesmo sem querer...
Fizemos poesia...


LILI LARANJO

VFS disse...

as palavras da Dora tem um sentir intenso e especial.

excelente poema!
excelente escolha!

beijo

Vicente