A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

"SONETO"




Se eu fosse um trem, garanto que eu seria
um trem daqueles velhos trens de outrora !
A uma estação eu nunca chegaria
senão depois de ter passado a hora.

O melhor da estação está na espera
do trem que vai passar e que atrasou
Se eu fosse mesmo um trem (ah, quem me dera !)
eu seria esse trem que não passou...

Eu seria esse trem retardatário,
cheio de lassidão, trem proletário,
que o povo espera sempre na estação,

numa esperança sempre renovada
de que esse trem lhe traga na chegada
um pouco de alegria ou de ilusão.



Pe Luís Ximenez

*Agradeço muito a colaboração da querida visitante, já coloquei a autoria, conforme consta na Revista Agulha, de Soares Feitosa. Mas confesso que em meus estudos e pesquisas sobre literatura brasileira, com enfase em poética, nada encontrei relacionado a esse autor, nem ao menos um breve relato. Se alguém souber, ficarei muito grata pela colaboração.
Maria Madalena.

Um comentário:

Serenissima disse...

Ola,
maravilhoso seu espaço, tudo muito bem cuidado. Também visitei os outros espaços seus e todos com a mesma qualidade. Parabéns.
Quero dar minha contribuição, para que você não tenha mais esse marcador: Autoria Desconhecida.
Esse soneto é de Padre Luís Ximenes.

Voce pode confirmar na página dele no site Jornal da Poesia, de Soares Feitosa.

Abraços!