A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

"SONETO DE JANEIRO"




Os cânticos, as vozes, a memória
do futuro. No efêmero da aliança
entre o amanhã e o agora se relança a
frágil rede de equívocos. A glória,

o amor, o tédio, a ira, a insegurança:
ó matéria do ser, breve e incorpórea!
Nas almas fustigadas de esperança
a atônita alegria, transitória

dádiva do mistério: ínfimo instante =
sopro de eternidade no ar perplexo.
Sobre os doze degraus do calendário

urde-se a trama: côncavo/convexo
é o caminho de espelhos, posto diante
do homem, para o imprevisto itinerário.


Waldemar Lopes

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