terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
O T E M P O
Indomável, invencível, arrogante
Como um rio a correr vertiginoso
Não te condoes nem mesmo por instante
Aos clamores dc um coração choroso.
Passageiro do mundo, incessante,
Num desafio bruto, desdenhoso,
Vais rasgando num gesto delirante
As entranhas da vida, impetuoso.
Conduzindo aos abismos do passado
Tudo quanto te surge no caminho,
Ó Tempo, não conheces a piedade!
Nada te faz parar. No triste fado
De não retroceder, seguir sozinho,
Só quem te faz deter é a Saudade.
Bernardina Vilar
(Crato- Ce- 1928-1997)
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Um comentário:
Olá Maria, também andei a falar sobre o tempo lá no " Sempre Poesia" só que não de forma tão bela como a Bernardina... Bj com carinho.
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