A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

E N T A R D E C E R



O crepúsculo desce! A tarde finda. . .
Que drama ante os meus olhos se descerra!
O sol, cansado da batalha infinda,
As pálpebras de luz no ocaso, cerra. . .


Silente a tarde a imensidade brinda!
Infinita saudade me soterra! . . .
Ante esta quadra misteriosa e linda,
Recordo-me dos céus de minha terra!


Olho o poente que aos poucos se avermelha!
Nesta contemplação a alma se ajoelha,
Deslumbra ao calor das grandes ânsias


E sequiosa do sol de outra paragem
Integra-se à beleza da paisagem
E mergulha na bruma das distancias! . . .



Jansen Filho
In: Obras Completas

Um comentário:

Sarah El Khouri disse...

Sou apaixonada no entardecer. Quando o fito sinto um misto de uma nostalgia inexplicável, paz(imensa paz), presença de Deus e uma saudade do que já vivi. Me identifiquei com essa poesia.
Beijos, querida