A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

Seja bem-vindo. Hoje é
Deixe seu comentário, será muito bem-vindo, os poetas agradecem.

sábado, 31 de maio de 2008

"Soledade"


(Vista do rio Tejo)


Encontro-me comigo a todo o instante
Na paisagem noturna do meu ser,
Para nela de novo me perder,
Mais ausente ficando e mais distante.

Ó sorte vária! Assim quem há de ver
Neste mendigo roto e caminhante
Aquele místico e saudoso infante
Que o claro Tejo um dia viu nascer?

Ai da minha alma aos ventos desprendida,
Errando ao luar da morte, nem sei onde,
Nas paragens talvez duma outra vida!

A noite cresce; a dor jamais tem fim;
E a minha própria sombra se me esconde
E anda perdida sem saber de mim ...


Anrique Paço D’Arcos
in "Poesias Completas"

Um comentário:

JDACT disse...

Excelente trabalho.
Obrigado pela paz que recebi.
Com amizade.
JDACT