sábado, 24 de maio de 2008
"Só"
De pronto a névoa apaga o sol, e morre o dia,
sombras tristonhas roubam cor ao entardecer...
Quando partiste... (foste o bem que eu mais queria...)
Anoiteceu, por sempre, a vida em meu viver.
Restaram dor, que o peito, em fúria, cilicia,
conceitos vagos – mal os pude compreender...
Adormeceu o Tempo, envolto em agonia,
tanta saudade... Tanta dor varou-me o ser.
E muito embora já distante no passado,
sou ré, cativa ao jugo desse cruel fado,
luto plangente, dor sem trégua, dor sem dó.
Não há quem dome o Mal que, agudo, me espezinha,
pois ao perder teu doce amor, minha Mãezinha,
eu fiquei só, tão miseravelmente... Só!
Patricia Neme
Recebi este poema de uma poeta amiga, me causou profunda emoção, deixo aqui dedicado a memória, de minha sogra e de minha avó.
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Um comentário:
Madalena, esse poema é lindo, me sensibilizou muito!
Bjs
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