sábado, 24 de maio de 2008
"Não acordem a minha morte"
Não acordem minha morte
que descansa adormecida...
E que à alma não importe
se a morte é sono da vida.
Minha carne não acordem
e nem do sangue exaurido
o fluído que em desordem
deixa-me o corpo esvaído.
Dêem pó para minh’alma
que de mais nada precisa
senão do canto da calma
que de amor não agoniza.
Não acordem minha vida
que está só desacordada
e que a alma amortecida
só me acorde despertada.
E da morte não desperte
a minh’alma adormecida
e da vida ainda me reste
o outro lado desta vida...
A. Estebanez
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