A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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domingo, 31 de agosto de 2008

‘DEUS!’



Ouço a voz do Senhor na voz dos passarinhos,
nos gemidos da fonte e no rugir do mar:
Vejo-o na flor que nasce em meio dos espinhos,
no doirado clarão das noites de luar.


Sinto-o na tepidez benéfica dos ninhos,
no pálido fulgor da aurora no despontar:
Na relva que viceja na beira dos caminhos,
na hera, que se abraça no tronco secular.


Deus, na esmola que espalha a mão da caridade,
na esperança, na fé, no amor e na verdade,
no conjunto estelar iluminando os céus.


Deus! no celeste azul de esplêndida beleza,
nas folhas de oiro e luz da bíblia-Natureza,
porque tudo revela um Ser supremo – Deus!


Emiliana Delminda
in ‘Folhas Caídas’
(1865-1963)

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindas palavras, linda imagem!