terça-feira, 13 de outubro de 2009
Solidão
A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios...
Rainer Maria Rilke,
in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
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9 comentários:
Este é um dos poemas de Rainer Maria Rilke que mais gosto!
beijos, linda quarta
Gosto muito dos teus blogger mais este tem alguma coisa a mais, e eu não sei o que é.
Abraços com todo meu carinho.
Os meus parabéns pelo blog. Poesia excelente e visual gráfico muito agradável. Voltarei! Um bom fim de semana com muitos sorriosos, flores e ...poesia!
Oi Maria, aqui sempre leio poemas de qualidade e muita beleza, tal como este. Bj.
Puxa...
passando aqui pra conhecer...
que lindo texto.
Depois passa la no meu espaço
pra conhecer.
Bjins entre sonhos e delírios
É bom quando o rio leva a solidão.
Rainer Maria Rilke é dos poetas que nos tocam.
Beijos
Vc escreve muito bem parabéns
Muito legal o soneto
sds
Dom Morais
Rainer Rilke, um bom representante da bela poesia alemã...Bjs!
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
Só um poeta para apreender esta solidão de nossas buscas tão voláteis, tão insaciáveis, e que resulta em solidão. Lindo, lindo poema, o Rilke é um poeta eterno. Bjos, Mada.
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