A alma é um cenário.
Por vezes, ela é como uma manhã brilhante e fresca,
inundada de alegria.
Por vezes ela é como um pôr do sol...
triste e nostálgico.

-Rubem Alves-

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Solidão



A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.

Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:

então, a solidão vai com os rios...

Rainer Maria Rilke,
in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira

9 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

Este é um dos poemas de Rainer Maria Rilke que mais gosto!
beijos, linda quarta

EDUARDO POISL disse...

Gosto muito dos teus blogger mais este tem alguma coisa a mais, e eu não sei o que é.
Abraços com todo meu carinho.

Nothingandall disse...

Os meus parabéns pelo blog. Poesia excelente e visual gráfico muito agradável. Voltarei! Um bom fim de semana com muitos sorriosos, flores e ...poesia!

Úrsula Avner disse...

Oi Maria, aqui sempre leio poemas de qualidade e muita beleza, tal como este. Bj.

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Puxa...
passando aqui pra conhecer...
que lindo texto.
Depois passa la no meu espaço
pra conhecer.
Bjins entre sonhos e delírios

Graça Pires disse...

É bom quando o rio leva a solidão.
Rainer Maria Rilke é dos poetas que nos tocam.
Beijos

Dom Morais disse...

Vc escreve muito bem parabéns
Muito legal o soneto

sds
Dom Morais

Henrique Rodrigues Soares disse...

Rainer Rilke, um bom representante da bela poesia alemã...Bjs!

Fernando Campanella disse...

Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;

Só um poeta para apreender esta solidão de nossas buscas tão voláteis, tão insaciáveis, e que resulta em solidão. Lindo, lindo poema, o Rilke é um poeta eterno. Bjos, Mada.